A SÍNDROME DE BURNOUT

O Sofrimento Psíquico
 
Do Stress
à Síndrome de Burnout
 
O sofrimento psíquico dos trabalhadores parece estar relacionado  a uma carga excessiva de trabalho, forte pressão por prazos e metas, competição entre os empregados, pouco ou nenhum reconhecimento pelo trabalho realizado entre outros e muitas vezes ao próprio assédio moral sofrido dentro das empresas.
 A pressão  constante gera o sofrimento psíquico, principalmente quando o trabalhador  se percebe "impotente" por não conseguir manter o ritmo e desempenho esperado, na sua atividade profissional. Este sofrimento poderá levá-lo ao estresse, e em algumas situações desenvolvendo a Síndrome de Burnout, caracterizada por um tipo de estresse ocupacional crônico, onde o indivíduo tem o desgaste profissional, resultando na queda contínua da produtividade e   perda total do interesse pelo trabalho.
 
”A busca da eficiência a todo custo e o excesso de competição entre as empresas estão moendo as pessoas. Do ponto de vista humano é cruel. Do ponto de vista econômico é contraproducente". (LUTTWAK, 1995, p. 46).
 
         A SÍNDROME DE BURNOUT
        O Burnout surgiu em 1974. Quem aplicou este termo foi o psicólogo Fregenbauer, que constatou esta Síndrome em um de seus pacientes que trazia consigo impotência relacionado ao desgaste profissional.
 
            O termo Burnout é uma composição de burn (queimar) e out (fora), ou seja, traduzindo para o português significa "perda de energia" ou "queimar" para fora, fazendo a pessoa adquirir esse tipo de estresse tendo reações físicas e emocionais, passando a apresentar um tipo de comportamento agressivo.
 
            Apesar de ser bastante semelhante ao estresse, o Burnout  é muito mais perigoso para a saúde. No estresse existem maneiras de controlá-lo. Como exemplo, um trabalhador estressado quando tira férias volta novo para o trabalho, mas isso não acontece com um trabalhador que esteja sofrendo a Síndrome de Burnout. Assim que ele retorna ao trabalho os problemas voltam a surgir novamente.
 
           

 Definida como uma reação à tensão emocional crônica, esta síndrome faz o indivíduo perder a sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixem de ter importância e que qualquer esforço que faça será inútil.
 
           A Síndrome de Burnout pode ser dividido em três fases que são:
 
1.      Exaustão emocional - é a situação em que o trabalhador percebe que suas energias estão esgotadas e que não podem dar mais de si mesmo. Surge o aparecimento do cansaço, fica propenso a sofrer acidentes, ansiedade, abuso de álcool, cigarros e outras drogas ilícitas.
 
2.      Despersonalização - desenvolvimento de imagens negativas de si mesmo, junto com um certo cinismo e ironia com as pessoas do seu ambiente de trabalho, com clientes e aparente perda da sensibilidade afetiva.
 
3.      Falta de envolvimento pessoal no trabalho - diminuição da realização afetando a eficiência e a habilidade para a concretização das tarefas, prejudicando seu desempenho profissional.
  
            O Burnout está associado entre o que o trabalhador dá, ou seja, tudo aquilo que investe no trabalho, e o que ele recebe, que se origina da discrepância da percepção individual entre esforço e conseqüência, percepção esta influenciada por fatores individuais, organizacionais e sociais.
  
            A pessoa geralmente assume um comportamento de frieza com seus clientes e com quem trabalha. As relações pessoais são cortadas, passam a agir como se estivessem em contato com objetos,  ocorre a perda da sensibilidade afetiva, deixando de se responsabilizar pelos problemas e dificuldades das outras pessoas .
             A falta de perspectiva com relação a ascensão na carreira profissional, pode gerar sentimentos de ansiedade e frustração constante no cotidiano do trabalho. Quando o profissional está afetado pela Síndrome, as idéias pessimistas, o medo, predominam  no local de trabalho.