DISFUNÇÃO ERÉTIL

“Potência orgástica é a capacidade de abandonar-se livre de quaisquer inibições, ao fluxo da energia biológica; à capacidade de descarregar completamente a excitação sexual reprimida por meio de involuntárias e agradáveis convulsões do corpo”. Willian Reich 

As disfunções sexuais masculinas mais comuns são: a ejaculação prematura, a ejaculação retardada e disfunção erétil. Esta última, mais conhecida por impotência é a que maior preocupação desperta. Mais do que descrever uma síndrome, com suas causas e conseqüências, pretendo refletir acerca desta disfunção. 
O termo impotência, por si só já é pejorativo, considerando-se que se refere apenas a uma falha na ereção do pênis, restringe o problema ao homem (porque ele é o impotente), além de coloca-lo numa posição sem saída, privado de qualquer outra possibilidade.
Talvez não haja outra doença tão frustradora e humilhante para um homem como a impotência. Em quase todas as culturas, grande parte da auto-estima masculina apóia-se na ereção. Como conseqüência, a depressão é muito comum, embora ela também possa ser a causa da impotência. Relação semelhante existe entre a disfunção erétil e problemas conjugais. Por isso, a importância da avaliação inicial, distinguindo-se as causas das conseqüências.
Cerca da metade da população masculina já experimentou episódios ocasionais e/ou transitórios de impotência e considera-se isso normal. Sob condições demasiadamente tensas, todos os homens podem falhar na ereção. A impotência psicogênica pode estar associada à perda geral da libido e a dificuldade ejaculatória, mas a patologia essencial é a falha do reflexo erétil. O mecanismo do reflexo vascular deixa de bombear sangue suficiente para o pênis. O homem com esta disfunção, embora se sentindo estimulado e excitado, não fica com o pênis ereto. Os reflexos eréteis e ejaculatórios são dissociáveis e alguns são capazes de ejacular apesar do pênis flácido. A função erétil é prejudicada desde o momento em que o homem fica ansioso. Alguns não conseguem ereção durante as carícias que antecedem o ato sexual, outros a atingem facilmente, mas perdem-na depois. Outros são capazes de manter a ereção durante a manipulação manual ou oral. Alguns podem ter ereção apenas enquanto vestidos, outros, ficam excitados durante as carícias que antecedem o ato sexual quando sabem que o coito não é possível. Alguns podem ter ereção se a mulher dominar, enquanto outros perdem a ereção se a parceira assumir o controle. Outros ainda são capazes de ereções parciais, enquanto outros sofrem de impotência total. Outros não conseguem a ereção somente em circunstâncias especiais.
Sentimento de culpa, sobre a sexualidade causada por uma educação rígida é fonte comum de ansiedade que leva à impotência. O medo do fracasso com possíveis temores de abandono pela parceira é um poderoso castrador. Mesmo quando não é a causa primária da impotência ocorre como uma reação. Grandes expectativas e exigências, auto-observação, pensamentos obsessivos, cuidado exagerado com a parceira e a preocupação excessiva com a qualidade da atuação sexual podem prejudicar muito a resposta sexual. O sexo precisa desenvolver-se livre e espontaneamente para ser bem sucedido. A excitação sexual, tanto nos homens quanto nas mulheres, é uma reação natural ao desejo e a estimulação eficiente. Não pode ser produzida a vontade., ao contrário, ordens e exigências tendem a prejudicar os reflexos sexuais.

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